18:16
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da Reuters, em Abidjan
A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU nesta segunda-feira (22).
"A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).
Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.
Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.
A diarreia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."
O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.
Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
"Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas."
18:13
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CLAUDIO ANGELOEditor de CIÊNCIA
Um grupo de pesquisadores da Alemanha acaba de pôr em números algo que todo mundo já sabia: o Acordo de Copenhague é incapaz de manter o aquecimento global em 2ºC, seu objetivo declarado. Na verdade, argumentam, ele pode produzir o efeito inverso: fazer as emissões globais subirem e com elas os termômetros.
A conta foi feita por Joeri Rogelj, Malte Meinshausen e colegas, do Instituto de Pesquisa de Impactos Climáticos de Potsdam, e publicada na edição de hoje do periódico "Nature".
Os cientistas se basearam nas promessas de corte de emissões feitas até o último dia 13 por 76 países que aderiram ao acordo, produzido na cúpula do clima de dezembro passado.
A conferência na Dinamarca terminou sem um acordo global e legalmente vinculante de corte de emissões de gases-estufa para o período 2013-2020. Produziu um documento frouxo, sem metas de longo prazo, no qual os países anotariam seus compromissos voluntários de redução para 2020.
"Como não sabíamos que propostas os países inscreveriam, não tínhamos como saber qual seria o nível real de ambição do Acordo de Copenhague", disse Meinshausen à Folha. "Sabemos agora, e ele calha de ser inadequado para cumprir a meta de 2ºC."
Os alemães inseriram os valores mínimos e máximos das propostas num modelo computacional de resposta do clima a emissões de origem humana.
A conclusão é que, se o acordo for seguido, o mundo chegará a 2020 com emissões anuais de 47,9 bilhões a 53,6 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (a soma das emissões de todos os gases-estufa "convertidas" em CO2).
No entanto, para ter uma chance igual ou maior do que 50% de manter o aquecimento num máximo de 2ºC -nível considerado seguro, as emissões anuais máximas teriam de ser de 44 bilhões de toneladas.
Deixa que eu deixo
A trajetória insustentável do acordo se coloca por duas razões. Primeiro, o voluntarismo do texto faz os países inscreverem como metas aquilo que demanda o menor esforço. Japão e Noruega são os únicos países ricos que apresentaram propostas nos valores recomendados pelo IPCC (painel do clima da ONU), de corte de 25% a 40% no CO2 em relação aos níveis de emissão de 1990.
Depois, por sua natureza jurídica frouxa, o acordo não proíbe o uso de créditos de carbono em excesso gerados pelo Protocolo de Kyoto. Meinshausen estima que haja 12 bilhões de toneladas de gás carbônico em créditos "ocos", ou seja, que não corresponderam a um esforço de redução de emissões -são apenas um truque contábil de Kyoto para facilitar o cumprimento das metas.
O modelo dos alemães estima que esses "buracos" no acordo dão uma chance maior do que 50% de que o aquecimento ultrapasse os 3ºC em 2100. "Se nos próximos dez anos o Acordo de Copenhague for tudo o que temos, então teremos travado o mundo numa trajetória de emissões relativamente alta até lá", diz Meinshausen. "Emitir 48 bilhões de toneladas de CO2 equivalente em 2020 é o mesmo que correr na direção de um penhasco e torcer para parar na beirinha."
18:04
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da France Presse, em Washington
As emissões de dióxido de carbono (CO2) contribuem para um incremento sem precedentes da acidificação dos oceanos, com consequências imprevisíveis a longo prazo para a vida marinha, revela um estudo publicado nesta quinta-feira.
A modificação química dos oceanos é um problema mundial e crescente, destaca um relatório encomendado pelo Congresso e realizado pelo National Research Council (NRC), com o apoio da Academia Americana de Ciências.
Sem uma redução substancial das emissões de CO2 procedentes das atividades humanas e sem outro tipo de controle sobre este gás que provoca o efeito estufa, os oceanos ficarão cada vez mais ácidos, adverte o relatório.
Apesar de as consequências a longo prazo da acidificação dos oceanos sobre a vida marinha ainda serem desconhecidas, pode-se esperar a modificação de numerosos ecossistemas, destaca o NRC.
Os oceanos absorvem aproximadamente um terço das emissões de CO2 procedentes de atividades humanas, como a queima de hidrocarbonetos e de carvão, a produção de cimento e a devastação florestal, segundo o NRC.
O CO2 absorvido pelos oceanos reduz o pH da água, provocando uma série de alterações químicas descritas como acidificação.
Pesquisas com vários organismos marinhos revelam que a redução do pH dos oceanos afeta processos biológicos como a fotossíntese, a absorção de nutrientes, e o crescimento, a reprodução e a sobrevivência de certas espécies.
Desde o início da revolução industrial, o pH médio das águas da superfície dos oceanos passou de 8,2 para 8,1, elevando a acidez.
Modelos informáticos preveem uma redução suplementar deste pH de 0,2 a 0,3 unidade até o fim do século.
Fonte: Uol
11:11
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- O que é ambiente? Como conhecemos e apreendemos o ambiente? Em que princípios se funda um saber e uma racionalidade ambiental? A epistemologia ambiental procura investigar o que é o ambiente, esse estranho objeto do desejo de saber que emerge do campo de externalidade e de extermínio para qual foi enviado pelo logocentrismo e pelo círculo de racionalidade das ciências. O ambiente não é a ecologia, mas a complexidade do mundo; é um saber sobre as formas de apropriação do mundo e da natureza através das relações de poder se inscreveram nas formas dominantes de conhecimento. A partir daí, abre-se o caminho para compreender a complexidade ambiental. O itinerário deste livro iniciou-se no encontro da epistemologia materialista e do pensamento crítico com a questão ambiental que emerge ao final dos anos sessenta como uma crise de civilização. Daí veio se configurando um pensamento epistemológico que tomou o ambiente como seu objeto de reflexão, encontrado em sua indagação que o ambiente sempre ultrapassa os códigos epistemológicos que tentam nomeá-lo, circunscrevê-lo e administrá-lo dentro dos cânones da racionalidade científica e econômica da modernidade. Este livro carrega as marcas desse caminho exploratório, no qual se vão delineando os limites da epistemologia da ciência normal para apreender o ambiente, ao mesmo tempo que vai construindo o conceito próprio do ambiente e configurando o saber que lhe corresponde. Nesse trajeto vai-se desdobrando uma epistemologia ambiental que parte da articulação de ciências para gerar um método e um pensamento do real, que desemboca num saber que vai além do conhecimento científico para problematizar a racionalidade modernizadora que provoca a crise ambiental.
- Editora: Cortez
- Autor: ENRIQUE LEFF
- ISBN: 8524907681
- Origem: Nacional
- Ano: 2002
- Edição: 2
- Número de páginas: 240
- Acabamento: Brochura
- Formato: Médio
10:58
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Enrique Leff é um economista mexicano. doutor em Economia do Desenvolvimento pela Sorbonne (1975), é professor de Ecologia Política e Políticas Ambientais na Pós-Graduação da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e, desde 1986, coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Leff também é conhecido no Brasil como professor do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná.Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.